Avaliação da flexibilidade cognitiva no esporte com o auxílio do teste de trilhas: uma breve revisão da literatura

Autores

Palavras-chave:

Flexibilidade cognitiva, Atletas, Controle executivo, Desempenho esportivo, Esportes.

Resumo

A flexibilidade cognitiva é uma importante habilidade a ser considerada no contexto esportivo, relacionada a capacidade do atleta se adequar as rápidas mudanças que acontecem durante uma disputa, têm despertado interesse de estudos entre a relação dessa e de outras funções executivas junto ao desempenho esportivo.  O estudo teve por objetivo analisar o desempenho dos atletas no teste de trilhas por meio de uma revisão da literatura. A pesquisa aconteceu no mês de março de 2021 em três bases de dados online. Foram utilizados os termos: flexibilidade cognitiva, atletas e esportes, nos idiomas português e inglês, combinados com o operador booleano AND durante as buscas. Após análise dos critérios de elegibilidade foram incluídos cinco artigos. Todos os artigos estavam no idioma inglês, sendo o futebol a modalidade predominantemente avaliada, além do tênis de mesa e esportes recreacionais (ex. caminhada, natação, CrossFit, futebol, basquete, etc.). A amostra total avaliada foi composta por 377 atletas sendo 278 homens (74%) ente 15 a 28 anos. Todos os estudos utilizaram o teste de trilhas para avaliar a flexibilidade cognitiva. Os atletas da primeira divisão foram melhores que atletas de divisões inferiores, e ainda, atletas de elite apresentaram melhores resultados quando comparados a atletas sub-elite. Atletas mais experientes apresentam melhor flexibilidade cognitiva. Vale ressaltar que um bom controle cognitivo para pensamentos, emoções e ações, representado pelas funções executivas, pode influenciar positivamente o desempenho esportivo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

ISABELA ALMEIDA RAMOS, Centro Universitário UniProjeção

Graduada (2010), Mestre (Bolsista CAPES/2013) e Doutora (Bolsista CAPES/2017) em Educação Física pela Universidade Católica de Brasília - UCB. Atualmente é Docente Adjunto I, dos cursos de Graduação e Pós-Graduação em Educação Física da UCB, é ainda docente dos cursos de Saúde do Centro Universitário UniProjeção. Avaliadora AD HOC da Fundação de Apoio a Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF). Realizou estágio doutoral no Neurocognitive Knesiology Laboratory da University of Illinois at Urbana-Champaign (2016), em 2017 realizou visita técnica aos laboratórios Tufts Applied Cognition Lab e Center for Applied Brain and Cognitive Sciences da Tufts University em Boston, Estados Unidos (apoio FAPDF). Em 2018 e 2020 participou como semifinalista do concurso de comunicação científica FameLab Brasil, e ainda foi classificada entre cinco finalistas do Science Slam da EURAXESS Brasil (2018). Atua como coordenadora do Grupo de Pesquisa em Neurociência do Movimento - NEUROMOV, onde realiza pesquisa científica em neurociência cognitiva relacionada a atividades físicas, esportivas, dança, jogos e brincadeiras.

Referências

Bitar D, Walton LM; MSPT; CLT, Schbley B, Mohamed ME, Adel M. Differences in dual task paradigms and executive function ability for recreational athletes in United Arab Emirates. J Phys Ther Sci., v.32, n.11, p.698-705, 2020.

Diamond A. Executive Functions. Annual Review of Psychology, v.64, p.135–168, 2013.

Elferink-Gemser MT, Faber IR, Visscher C, Hung TM, de Vries SJ, Nijhuis-Vander Sanden MWG. Higher-level cognitive functions in Dutch elite and sub-elite table tennis players. PLoS One, v.7, n.13, p. 11: e0206151, 2018.

Gazzaniga MS.; Ivry RB.; Mangun GR. Cognitive Neuroscience: the biology of the mind. 4ª edição. University of California: W.W.Norton, 2014

Han DH, Park HW, Kee BS, Na C, Na DH, Zaichkowsky L. Performance enhancement with low stress and anxiety modulated by cognitive flexibility. Psychiatry Investig., v.8, n.3, p. 221-6, 2011.

Huijgen BC, Leemhuis S, Kok NM, Verburgh L, Oosterlaan J, Elferink-Gemser MT,Visscher C. Cognitive Functions in Elite and Sub-Elite Youth Soccer Players Aged 13 to 17 Years. PLoS One, v.11, n.10, p. 12: e0144580, 2015.

Jacobson J; Matthaeus L. Athletics and executive functioning: How athletic participation and sport type correlate with cognitive performance. Psychology of Sport and Exercise, v.15, p.521-527, 2014.

Krenn B, et al. Sport type determines differences in executive functions in elite athletes. Psychology of Sport & Exercise, v.38, p.72-79, 2018.

Mann DTY. et al. Perceptual-Cognitive expertise in sport: a meta-analysis. Journal of Sport & Exercise Psychology, v.29, p.457-478, 2007.

Meng FW, Yao ZF, Chang EC, Chen YL. Team sport expertise shows superior stimulus-driven visual attention and motor inhibition. PLoS One, v.15, n.14 (5): e0217056, 2019.

Montuori S, D'Aurizio G, Foti F, Liparoti M, Lardone A, Pesoli M, Sorrentino G, Mandolesi L, Curcio G, Sorrentino P. Executive functioning profiles in elite volleyball athletes: Preliminary results by a sport-specific task switching protocol. Hum Mov Sci., v.63, p. 73-81, 2019.

Santana, AN de; Melo, MRA; MINERVINO, CASM. Instrumentos de Avaliação das Funções Executivas: Revisão Sistemática dos Últimos Cinco Anos. Aval. psicol., v. 18, n. 1, p. 96-107, 2019.

Tombaugh TN. Trail Making Test A and B: Normative data stratified by age and education. Archives of Clinical Neuropsychology, v.19, p. 203–214, 2004.

Vestberg T, Gustafson R, Maurex L, Ingvar M, Petrovic P. Executive functions predict the success of top-soccer players. PLoS One, v.7, n.4: e34731, 2012.

Vestberg T, et al. Core executive functions are associated with success in young elite soccer players. PLoS One, v.12, n.2, 2017.

Downloads

Publicado

2022-12-08

Como Citar

RAMOS, I. A., & Leite, claudia D. (2022). Avaliação da flexibilidade cognitiva no esporte com o auxílio do teste de trilhas: uma breve revisão da literatura. PROJEÇÃO, SAÚDE E VIDA, 3(1), 1–9. Recuperado de https://revista.faculdadeprojecao.edu.br/index.php/Projecao6/article/view/1962

Edição

v. 3 n. 1 (2022): Revista Projeção, Saúde e Vida

Seção

Artigos

Licença

Considerando a Lei nº 9.610, de 19.02.98 que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e rege outras providências, a Revista declara as seguintes condições com relação aos Direitos Autorais:

1. Todos os direitos editoriais são reservados a Revista. Nossas revistas são de acesso aberto, gratuitas e sem cobranças de taxas. A aceitação do trabalho para a publicação implica a transferência de direitos do autor para a revista, sendo assegurada a mais ampla disseminação da informação.

2. O autor retém seus direitos morais no artigo, incluindo o direito de ser identificado como autor sempre que o artigo for publicado.

3. A Revista poderá, mediante solicitação formal do autor, autorizá-lo a publicar o artigo na forma de capítulo ou parte de livro.

4. O autor pode fazer fotocópias do seu trabalho, ou distribuí-lo por meio de correio eletrônico ou fax, desde que destinadas às suas próprias aulas e com finalidade de atender objetivos de pesquisa, sob a condição de que: (a) tais cópias não sejam revendidas e (b) referência a fonte original da publicação e o nome da Revista (mantenedora dos direitos de autorais) estejam indicados claramente em todas as cópias feitas do trabalho.