Associação da toxina botulínica ao tratamento fisioterapêutico em crianças com paralisia cerebral do tipo diplegia-espástica: Uma breve revisão de literatura
Palavras-chave:
Paralisia cerebral, Diplegia espástica, Criança, Toxina botulínica tipo a, Fisioterapia.Resumo
Resumo
Introdução: A Encefalopatia Crônica Não Progressiva da Infância ou Paralisia Cerebral (PC) é uma lesão que ocorre no sistema nervoso em desenvolvimento que tem como condições, as alterações posturais e do tônus. A PC do tipo diplégica tem como característica fundamental, o aumento do tônus com maior predomínio dos membros inferiores bilateralmente, culminando com alterações da funcionalidade da criança. Com o objetivo de adequação do tônus muscular, a Toxina Botulínica Tipo A (TBA) é uma opção terapêutica que atua no bloqueio da liberação da acetilcolina na junção neuromuscular, permitindo o alongamento e relaxamento muscular com consequentemente o aumento da amplitude de movimento. Objetivo: Este estudo tem como objetivo identificar os resultados terapêuticos associado ao uso TBA em crianças com diplegia espástica. Métodos: Foi realizada a busca de evidências nas base de dados: Excerpta Medica Database(Embase), National Library of Medicine (Pubmed) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) com os seguintes descritores em ciência da saúde DeCs/MeSH/Emtree: “Paralisia cerebral”, “Diplegia espástica”, “Criança”, “Toxina botulínica tipo A” e “Fisioterapia”,“Cerebral palsy", "Spastic diplegia", "Child” AND "Botulinum toxin type A", "Physical therapy". Resultados: Foram selecionados 5 artigos para a análise final. Conclusão: É possível concluir que a TBA combinada com intervenções fisioterapêuticas pode ser benéfica no tratamento da diplegia espástica em crianças, juntamente com o uso de órteses e eletroestimulação, entre outras terapias para melhores resultados. Contudo, sugere-se uma revisão mais ampla da literatura, com evidências que avaliem especificamente a eficácia da toxina botulínica em pacientes inseridos em programas de reabilitação.
Downloads
Referências
REFERÊNCIAS
ARARAKI, V. C. et al. Paralisia cerebral - membros superiores: reabilitação. Acta Fisiatr., v. 19, n. 2, p. 123-129, 2012.
BUTLER, Erin E. et al. Clinical motion analyses over eight consecutive years in a child with crouch gait: A case report. Journal of medical case reports, v. 10, n. 1, p. 1-10, 2016.
CAMARGOS, Ana Cristina Resende et al. Fisioterapia em Pediatria: Da Evidência à Prática Clínica. - 1. ed - Rio de Janeiro : Medbook, 2019. 640 p; 28 cm.
CARR, L. J. et al. Position paper on the use of botulinum toxin in cerebral palsy. UK Botulinum Toxin and Cerebral Palsy Working Party. Arch Dis Child., v. 79, n. 3, p. 271-3, 1998.
COLHADO, Orlando Carlos Gomes; BOEING, Marcelo; ORTEGA, Luciano Bornia. Toxina botulínica no tratamento da dor. Revista Brasileira de Anestesiologia, v. 59, p. 366-381, 2009.
DEGELAEN, Marc et al. Influence of botulinum toxin therapy on postural control and lower limb intersegmental coordination in children with spastic cerebral palsy. Toxins, v. 5, n. 1, p. 93-105, 2013.
ELNAGGAR, Ragab K.; ELBANNA, Mohammed F. Evaluation of independent versus integrated effects of reciprocal electrical stimulation and botulinum toxin-A on dynamic limits of postural stability and ankle kinematics in spastic diplegia: a single-blinded randomized trial. European Journal of Physical and Rehabilitation Medicine, v. 55, n. 2, p. 241-249, 2018.
GALLAGHER, Shannon et al. Physical therapy for an adult with chronic stroke after botulinum toxin injection for spasticity: a case report. Physiotherapy Canada, v. 67, n. 1, p. 65-68, 2015.
GOOCH, J. L.; SANDELL, T. V. Botulinum toxin for spasticity and athetosis in children with cerebral palsy. Arch. Phys. Med. Rehabil., v. 77, n. 5, p. 508-511, 1996.
KISS, A et al. Rizotomia dorsal seletiva (RDS) para espasticidade: técnica minimamente invasiva no cone medular. Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery, v. 33, n. 03, p. 170-175, 2014.
Lance, J.W. (1980). Symposium synopsis. In: R.G. Feldman, R.R. Young & W.P.Koella (Eds.), Spasticity: Disordered Motor Control (1ªEd., pp. 485-494). Chicago: Year Book Medical Publishers.
MUDGE, Anita et al. Electrical stimulation following botulinum toxin A in children with spastic diplegia: a within-participant randomized pilot study. Physical & Occupational Therapy In Pediatrics, v. 35, n. 4, p. 342-353, 2015.
READ, Felicity A.; BOYD, Roslyn N.; BARBER, Lee A. Longitudinal assessment of gait quality in children with bilateral cerebral palsy following repeated lower limb intramuscular Botulinum toxin-A injections. Research in Developmental Disabilities, v. 68, p. 35-41, 2017.
ROSENBAUM, Peter et al. A report: the definition and classification of cerebral palsy April 2006. Dev Med Child Neurol Suppl, v. 109, n. suppl 109, p. 8-14, 2007
SOUZA, Angela Maria Costa de; FERRARETTO, Ivan. Paralisia cerebral: aspectos práticos. In: Paralisia cerebral: aspectos práticos. 1998. p. 390-390.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Considerando a Lei nº 9.610, de 19.02.98 que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e rege outras providências, a Revista declara as seguintes condições com relação aos Direitos Autorais:
1. Todos os direitos editoriais são reservados a Revista. Nossas revistas são de acesso aberto, gratuitas e sem cobranças de taxas. A aceitação do trabalho para a publicação implica a transferência de direitos do autor para a revista, sendo assegurada a mais ampla disseminação da informação.
2. O autor retém seus direitos morais no artigo, incluindo o direito de ser identificado como autor sempre que o artigo for publicado.
3. A Revista poderá, mediante solicitação formal do autor, autorizá-lo a publicar o artigo na forma de capítulo ou parte de livro.
4. O autor pode fazer fotocópias do seu trabalho, ou distribuí-lo por meio de correio eletrônico ou fax, desde que destinadas às suas próprias aulas e com finalidade de atender objetivos de pesquisa, sob a condição de que: (a) tais cópias não sejam revendidas e (b) referência a fonte original da publicação e o nome da Revista (mantenedora dos direitos de autorais) estejam indicados claramente em todas as cópias feitas do trabalho.